Reflexões Sobre Sabedoria Segundo Salomão

O antigo oriente produziu grande quantidade do que os estudiosos chamam de “literatura sapiencial”. Textos que instruem o leitor sobre a vida, as virtudes e interações sociais. Muitos são didáticos, outros reflexivos, mas são de extrema importância para os que querem viver de uma forma mais sábia.

Encontramos muitas fontes para esses tesouros, a partir de 2.500 a.C., no entanto vamos nos ater aos escritos de Salomão, que segundo muitas tradições, foi considerando o homem mais sábio que já existiu sobre a face da terra.

Sabedoria nos textos antigos está associado a vida prática, ou seja, como o conhecimento pode ser transformado em prática cotidiana e apresentar resultados expressivos e confiáveis. Para tanto estaremos nos dedicando em apresentar pequenas reflexões, que se aplicadas, tornarão a nossa vida mais fácil e significativa.

O livro de Provérbios começa dessa forma: “Estas são as palavras sábias de Salomão, escritas para vivermos de modo bom e justo, para entendermos o verdadeiro sentido da vida. É um manual para a vida”.

1ª Reflexão: Tudo começa com o Eterno

“Tudo começa com o Eterno – ele é a chave de tudo! Todo o conhecimento e entendimento vêm dele! Só os ignorantes esnobam tal sabedoria” (Pv 1:7)

É muito mais lógico e compreensível reconhecermos a existência de um Ser superior e criador de todas as coisas. Basta olharmos ao nosso redor e para nós mesmos. A complexidade e harmonia do universo, da natureza e do nosso próprio corpo e ser, atestam que alguém com muita sabedoria, inteligência, humor e tantas outras virtudes, deu início e sequência a toda a vida, nas suas mais diversas formas de expressão. Muitos nomes são dados a Ele, como Eterno, Criador, Deus, Grande Arquiteto e outros. Como alguém disse, é preciso ter mais fé na inexistência de Deus do que na sua existência.

Esse entendimento deve nos levar a um estilo de vida mais responsável e comprometido, pois reconhecemos nossa finitude, responsabilidade e dependência. Partilhamos da Sua criação de forma responsável, e dividimos nossos conhecimentos e habilidades para dessa forma tornar nossa convivência mais qualitativa.

Chegamos a conclusão que transcendemos a nossa existência temporal, e consequentemente existimos e participamos de um contexto que extrapola o nosso ser, o que nos compromete com valores que vão muito além das nossas necessidades pessoais. Muitos autores chamam essa compreensão de inteligência espiritual.

Concluindo esse pensamento, assumimos uma atitude de humildade, reconhecendo que fazemos parte de um plano muito superior ao que “achamos estar inseridos”; e queremos estar atentos as manifestações do Eterno, seja através de um simples gesto ou palavra do nosso semelhante, ou das circunstâncias que se apresentarem como desafios diante de nós.

Pense nisso!