Atalhos: evite-os e tenha paciência!
Afinal, o que são atalhos na vida? São caminhos que tomamos para alcançar rapidamente resultados… Mas nem sempre é a melhor opção!
Todos buscamos uma vida que no mínimo nos traga bem-estar e segurança. Isso é algo inato do nosso DNA. Certamente essa conquista só será possível com muita dedicação, estudo, persistência, percalços, superações e muita disciplina, evitando atalhos. Até aqui não existe muita novidade, mas o que muitos esquecem, é que esse caminho leva seu próprio tempo.
Não nascemos prontos, precisamos nos desenvolver e continuar esse processo por toda vida. Nesse ponto reside um enorme alerta, que consiste na tentação de buscar atalhos, para garantir nosso sucesso sem o crescimento sustentável. Presenciamos as recentes descobertas trazidas a público através da operação lava jato, que nada mais é do que o reflexo de pessoas ambiciosas procurando a facilidade dos atalhos para chegar ao topo.
Muitos desdobramentos surgiram em consequência das incursões da justiça nos arcabouços criados para dissimular inúmeras ilicitudes. Começamos a nos familiar com termos e práticas até então desconhecidas, ou convenientemente ignoradas, como governança e compliance, entre tantos outros processos.
Curiosamente essas verdades já foram abordadas pelo sábio Salomão há mais de três mil anos. “Fique longe dos atalhos, evite-os a todo custo. Desvie-se deles e continue o seu caminho; pois não quero que você termine em um beco sem saída ou perca tempo fazendo retornos inúteis” (Provérbios 4:13-15).
No entanto Salomão vai mais longe, ele orienta como esse tipo de tentação deve ser evitada. Ele foca na responsabilidade dos pais na educação pelo exemplo dado pelos pais. Ele menciona que o seu pai “com paciência o ensinava”, dando conselhos para “saber como viver” (Provérbios 4:1-4).
Aqui reside o segundo atalho da nossa narrativa, a de querer terceirizar nossa responsabilidade pela educação dos nossos filhos. Eles precisam aprender com nosso exemplo, o que exige tempo e paciência. Querer imputar essa responsabilidade somente aos educadores, usando como desculpa a falta de tempo e as constantes demandas profissionais, é um erro grotesco; pois implica em expor as novas gerações a realidade de “não saber como viver”, bem como incentivá-las na busca dos atalhos, pois é o que fazemos quando ignoramos suas reais necessidades.
Pense nisso!