Resenha sobre as Tendências Econômicas, Mercado e Comportamento de Consumo – parte 3
Estamos terminando 2018 e olhando com um misto de otimismo e cautela para o próximo ano. Fiz uma resenha de um material muito bem elaborado pelo SEBRAE, o qual contempla várias tendências, vistas por diferentes prismas. Publicaremos o material em 5 blocos, para que possa ser melhor assimilado e compreendido pelo leitor. Estamos no terceiro bloco, caso não tenha lido o primeiro acesse aqui.
3. GESTÃO PARA O FUTURO – TENDÊNCIAS
O consumidor está mais consciente da finitude dos recursos e optando por uma vida mais simples e descomplicada. Faz-se necessário uma adaptação dos negócios a um novo estilo de vida, seja através de tecnologias ou abordagens através dos produtos e serviços. Trata-se de uma gestão humanizada dos recursos, preocupada com o futuro, seja em relação ao meio-ambiente ou formas de excessos da sociedade. Veja as tendências abaixo:
3.1. O ESPAÇO PARA A INOVAÇÃO:
Os avanços tecnológicos transformaram o modo como produtos e serviços são criados, distribuídos e consumidos, trazendo novas relações entre empresas e consumidores. Em função do acesso instantâneo, tudo está ao alcance da palma da mão, mesmo sabendo ainda haver uma distância entre as novas ideias e a implementação. A inovação não é mais uma opção, mas uma condicionante de sobrevivência, o que gera o desafio de criar equipes multidisciplinares dedicadas a pesquisa e inovação.
3.2. BETAPRENEURS; MODO EXPERIMENTAÇÃO:
O modo beta, é o modo da experimentação. Nesse contexto as equipes são incentivadas a buscar e testar ideias e soluções alternativas. Para tanto, deve-se capacitar pessoas e negócios para permitir que as mudanças aconteçam, incenti-vando a colaboração em torno da “nova cultura de redesign e repensar”. As palavras, testar, simular, usar dados, ganhar ou falhar começam a fazer parte do cotidiano. A partir dessa lógica, torna-se possível obter novos insights sobre as dinâmicas do mercado, e em consequência trazer melhorias na relação entre quem oferece e quem demanda o produto/serviço.
3.3. CULTURA DE APRENDIZAGEM:
Entre as mudanças do século XXI, verificou-se o surgimento de uma cultura de aprendizagem. Pesquisas atestam que corporações que investem na educação e capacitação de seus colaboradores, chegam a se tornar até três vezes mais lucrativas das que não tem essa visão. Estes processos podem ocorrer via programas de desenvolvimento internos, eventos, workshops ou cursos externos. Entre os maiores benefícios está a construção de uma equipe e cultura de confiança, motivada para enfrentar os novos desafios
3.4. BEM-ESTAR PARA PRODUZIR BEM:
É de conhecimento público, de que aspectos em ambientes internos exercem grande impacto sobre o humor das pessoas, com potencial de influenciar seus níveis de ansiedade, atenção e desempenho mental. Em consequência, torna-se imprescindível compreender a importância da saúde física, mental, financeira e espiritual dos colaboradores. Além disso, prezar por alternativas de alimentação saudável, um ambiente funcional e visualmente agradável, são outras maneiras de incentivar a satisfação e o bem-estar dos que vivenciam o espaço diariamente. Quando possível, alternativas de trabalho mais flexíveis, como home office, só reforçam o conceito de responsabilidade social, que é uma importante estratégia para a retenção de talentos.
3.5. COCRIAÇÃO: O CLIENTE NO PROCESSO:
Os conceitos de segmentação, como localização, gênero e renda ficaram obsoletos. Atualmente sabe-se que ao inserir o cliente no processo de criação, torna-se possível obter insights sobre o comportamento e anseios mais velados do cliente. Através da personalização cada vez mais íntima e informal, torna possível explorar o relacionamento e a expectativa em relação a marca/produto, trazendo em consequência revelações estratégicas.
3.6. BEM-VINDOS: (RO)BOTS!
O principal foco da robótica é reduzir a necessidade do trabalho humano. Isto pode variar desde os robôs mecânicos/físicos até os digitais, conhecidos por “bots”. É um facilitador para as empresas usar esses recursos num contexto de trabalho árduo e repetitivo e redirecionar a energia e atenção para as tarefas que exijam complexidade e sabedoria humana, como os cognitivos e criativos. Mesmo para algumas funções complexas já é possível implementar processos automatizados, e cabe a empresa decidir que é mais adequado.
3.7. CULTURA DO COMPARTILHAMENTO:
A ascensão da tecnologia da conectividade tem gerado um compartilhamento de 24 horas por dia. As pessoas estão documentando suas rotinas, o que inclui seus momentos de trabalho. Dessa forma ocorre uma extensão dos pontos de contato com as empresas, transformando suas culturas (vivências) internas em mais um atributo da marca ou empresa. Isso pode configurar uma ameaça ou uma oportunidade de mostrar como a empresa lida com as demandas éticas e de sustentabilidade, visando a construção de um futuro melhor.
3.8. STORYTELLING GENUÍNO:
Os negócios estão cada vez mais sujeitos a avaliação pública por parte dos clientes. Os consumidores se preocupam com os propósitos e valores éticos das marcas que consomem, pois faz parte da sua construção de identidade social. Muitos desses consumidores se transformam em comunidades, e para uma marca ter uma comunidade não significa apenas audiência, mas cuidar dela. Viabilizar que o público construa suas próprias histórias incluindo uma empresa ou marca, é uma maneira genuína de storytelling. Em consequência, o storytel-ling não deve ser apenas uma estratégia de vendas, mas um momento de cultivo e consideração com o público do negócio.